sábado, 17 de outubro de 2009

Entrevista – Jack Huston fala sobre Eclipse


Nesta entrevista exclusiva, Jack Huston conversou com IESB acerca de todos esses interessantes e emocionantes projetos futuros.

IESB: Era somente algo certo que você começaria a atuar por causa de sua família, ou é algo que você resolveu por conta própria?

Jack: Eu comecei a atuar antes que eu realmente soubesse sobre a minha família. Comecei a atuar quando eu era jovem, e fiz teatro antes de fazer filmes. Não foi algo que aconteceu mais tarde por causa da minha família. Mas, acho que eu sempre fui influenciado pela minha família e pelo cinema. Desde muito jovem, eu provavelmente as coisas foram mostradas a mim, e foi falado mais do que talvez em outros lugares.

IESB: Houve um momento em que você percebeu que atuar era o que você queria fazer?

Jack: Eu sabia desde o momento em que eu tinha uns sete anos de idade. Eu sabia que era minha coisa. Eu estava fazendo peças desde muito jovem, e com sete anos eu fiz meu primeiro protagonista. E então, eu saia em turnê com companhias de teatro durante as férias de minha escola. Eu estava atuando sempre.

IESB: Você achou que ser um Huston te ajudou de alguma forma, ou você teve que provar a si mesmo e seu próprio talento mais do que outro ator teria?

Jack: Inicialmente, era muito difícil, porque há os céticos que dizem: “Oh, é apenas um nome”, então você tem que trabalhar duplamente mais para provar a si mesmo e provar que pode fazê-lo. Então, foi uma transição difícil da Inglaterra para a América, vindo do teatro e depois vir para cá, e então tentar entrar em filmes e TV. Mas, quando consegui o primeiro papel, as pessoas estavam um pouco mais fáceis. É preciso que alguém realmente te dê uma chance, e então as pessoas seguem o exemplo e são um pouco mais fáceis. Mas, inicialmente, foi extremamente difícil.
[...]

IESB: Como você se envolveu com The Twilight Saga: Eclipse? Como é se tornar uma parte de todo esse fenômeno?


Jack: Eu literalmente acabei de voltar no sábado passado, de filmar a minha última cena nele. Fui pelo David Slade, que é o diretor, para um outro papel que foi escrito como um calouro de 19 anos que é loiro e de olhos azuis, que eu sabia que não era. Isso não poderia ser menos parecido comigo. Mas fui e dei um rumo muito diferente em relação a como o personagem foi escrito, e fiquei um pouco maluco na sala, e David e eu realmente nos demos bem, por isso ele disse: “Eu quero você neste filme em algum lugar.” Então, ele me ligou algumas semanas mais tarde, e disse: “Há este outro papel. Você gostaria de fazê-lo?”, E ele ofereceu-me esse.

IESB: Então, quem você está interpretando no filme e como ele se encaixam na história?

Jack: Eu interpreto esse cara chamado Royce King, que é o noivo de Rosalie (Nikki Reed), antes de Rosalie se tornar vampira. É uma história de fundo. Se passa em 1933, durante a Grande Depressão, e ele é um filho de um rico banqueiro. Ele é um sangue azul que dá um brilho a ela, mas ela não é tão legal quanto parece e ele tem o seu castigo.

IESB: Quando você interpreta personagens mais sombrios, você gosta de manter um tom leve no set, entre as filmagens, levar isso para fora do set, ou você prefere ficar no personagem?

Jack: Isso depende do que é a cena, na verdade. Se é uma cena muito sombria, então a pessoa tende a ir para um lugar um pouco mais escuro. Mas, mesmo se você estiver interpretando uma pessoa sombria, eu acho que você não pode ser sombrio o tempo todo. Depende de onde você está. Se você está no meio da filmagem da cena e você está entre filmagens, às vezes você precisa manter um pouco de distância, apenas para que o espaço na sua cabeça fique fresco e não seja diluído por qualquer outra coisa. Normalmente, entre as cenas, eu estou bem.

IESB: Quando você trabalha em algo assim e vê o quanto isso se tornou uma coisa louca para o elenco, isso faz você esperar que você nunca tenha que lidar com isso, ou é apenas parte do trabalho que você tem que enfrentar?

Jack: Há dois lados para isso. Quando esses garotos assinaram primeiro, eles provavelmente não esperavam nada disso. Eles estavam fazendo o que eles pensavam que era um filme pequeno, e virou esta franquia enorme. O burburinho por trás disso o tornou uma das maiores franquias de todos os tempos. Eu acho que eles foram todos muito surpreendidos por isso, mas todos eles podem sair agora e fazer qualquer filme que quiserem, e exigirem enormes cheques. A desvantagem é que, por agora, deve ser muito difícil andar pela rua com todo mundo olhando para você e paparazzi te seguindo. Isso não é fácil para ninguém de lidar. Não pode ser fácil, e eu não esperava que fosse fácil, mas eu acho que, às vezes, é o preço da fama. Com isso, ninguém esperava isso e veio tudo tão rapidamente e de repente, que deve ser um choque, então eu acho que simpatizo. Acho que eu, pessoalmente, não iria amar a idéia de ser seguido, onde quer que eu vá. Eu não quero esse tipo de fama. Isso não é algo que eu estou procurando. Eu só quero fazer trabalhos divertidos, legais e obter papéis realmente bons.

IESB: Você gostaria de trabalhar com sua família de alguma forma?

Jack: Se rolasse a coisa certa, sim. Danny e eu trabalhamos juntos antes. Nós nunca estivemos em uma cena juntos, mas ambos estávamos em um filme chamado Boogie Woogie, que não saiu ainda. Eu absolutamente gostaria de fazer isso, mas eu provavelmente gostaria de ser o quem estivesse escrevendo ou dirigindo, para ser honesto. Tem que ser a coisa certa.

IESB: Então, você definitivamente tem o desejo de ficar por trás das câmeras também?

Jack: Oh, absolutamente. Estou realmente ansioso por isso. É muito cedo. Estou dirigindo um curta, que será parte de uma série de curtas, em novembro. Seis ou oito de nós estamos fazendo curtas que serão reunidos em um filme, e que será a minha primeira vez fazendo isso. Mas, eu tenho escrito por algum tempo e tenho alguns projetos em que estou trabalhando, no momento.

IESB: Você é mais um ator que se guia pelo personagem ou um escritor que se guia pela história?

Jack: Normalmente decorre da história, mas eu gosto de focar muito nos personagens. Eu acho que uma história não pode existir sem personagens muito, muito bem construídos.

IESB: Agora que você já teve todas essas diferentes experiências com o cinema, televisão e teatro, há alguma coisa específica que você tenha aprendido que você realmente pode levar para o seu futuro trabalho por trás das câmeras?

Jack: Ouvir é a coisa mais importante. Ouvir quando você está em uma cena, ouvir o que os outros personagens estão dizendo, ouvir idéias de outras pessoas e ser muito consciente. Inicialmente, você entra nisso e fica um pouco preso em sua própria cabeça, mas quanto mais você ouve, mais você aproveita e absorve, porque existem pessoas que têm feito isto por muito mais tempo e que têm muitas idéias brilhantes, todos à sua volta. Portanto, trata-se de ouvir e aprender.

IESB: Tem outros filmes que você fez recentemente, que seus fãs podem conferir?

Jack: Mr. Nice é um filme que eu fiz para Bernard Rose. Foi divertido. É sobre o traficante de drogas internacional, Howard Marks, que Rhys Ifans interpreta, com Chloe Sevigny e David Thewlis. É um elenco de pessoas muito legaia. E, eu fiz Salomaybe?, Qque nós estamos sempre esperando que Al Pacino termine. Isso é um processo longo, pois são 100 horas de filme no estilo documentário de bastidores. É sobre Salomé e Oscar Wilde. Eu fiz O Jardim do Éden, há cerca de um ano e meio atrás, e nós estamos esperando que seja distribuido em breve. É baseado no livro de Ernest Hemingway, e é com Mena Suvari, Richard E. Grant e Caterina Murino, e dirigido por John Irvin.

IESB: Existe um tipo especial de papel ou gênero específico que você não fez ainda, que você espera poder fazer no futuro?

Jack: Estou muito envolvido com coisas de fantasia. Eu adoraria fazer algo com Tim Burton. Estou muito interessado nesse tipo de coisa, que é muito relacionado ao personagem e você não é você mesmo de jeito nenhum. Eu gosto muito do estilo de fazer filmes de Terry Gilliam e Tim Burton. Espero um dia fazer algo assim. Mas eu estou muito aberto a tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário